domingo, 13 de junho de 2010

Como olhar criticamente software educativo multimédia

Como olhar criticamente software educativo multimédia


Na utilização de software educativo multimédia na aprendizagem, existem diversos aspectos a ter em conta. Entre eles, o publico a que vai dirigido o software. O software educativo pode ter com alvo um utilizador na tenra idade, 2 ou 3 anos, ou mesmo um adulto. Sendo assim, o software além de conter um bom aspecto gráfico dever ser provido de uma interactividade que permita ao utilizador a exploração do software ao seu ritmo. O utilizador deve sentir que faz parte do processo de exploração do software e que tem liberdade total para navegar nele.

Além do supramencionado, Reeevs(1993) e Carvallho(1999) alertam-nos para a importância da componente didáctica que o software deve apresentar. Quando existe a criação de algum tipo de software, e esse software tem como objectivo trabalhar um determinado tema, há que dar a conhecer ao utilizador o caminho a seguir. Ou seja, a liberdade de movimentação dentro da ferramenta deve ser acondicionada à tarefa que se pretende realizar. Por exemplo numa actividade de pendor behaviorista, o software não permitirá ao utilizador passar a uma fase seguinte se não consegui realizar a anterior. Existe uma sequência ordenada a cumprir.

Por oposição à corrente supracitada, o software de índole construtivista permite ao utilizador uma navegação livre de acordo com os seus interesses.

Como vimos anteriormente, o aspecto gráfico tem uma importância grandíssima na criação de software educativo de multimédia. Além deste importante aspecto, existem outros a ter em conta. Sendo eles: a qualidade científica, pedagógica e técnica do software, a familiaridade do utilizador com o sistema informático e com o conteúdo, e por último, o desejo que o sujeito tem de aprender.

No que concerne à motivação do utilizador na aprendizagem, a ferramenta deve disponibilizar ajudas à navegação e as actividades. Sendo que deve ainda ser provido de um feedback, seja ele de carácter positivo ou negativo. Esta característica é muito importante já que permite ao utilizador saber se realizou ou não a tarefa com o sucesso.

Estudos como: Sousa (2004); Bastos (2003); Afonso (2004); Paz (2004), possibilitaram comprovar a euforia que os utilizadores apresentavam no manuseamento destas ferramentas, os utilizadores mesmo quando tinham resultados piores não desanimavam e tentavam superar as suas dificuldades. Além disto, estes estudos serviram para comprovar que os alunos realmente superavam as suas dificuldades na aprendizagem com a utilização destas ferramentas.

Estes estudos também se revelaram importantes para entender que quanto mais novo é o utilizador mais ajuda necessita. Sendo assim, importante é que os professores e educadores de infância tenham conhecimentos exímios da ferramenta para que possam ajudar os alunos em todo o tipo de questões que eles possam apresentar.

Para concluir importa referir que os utilizadores de Software Educativo Multimédia devem ter um olhar crítico em relação ao software que estão a utilizar. Sendo assim, Ana Amélia Costa Conceição Amorim Soares Dias apresenta uma lista de treze aspectos a ter em conta quando analisamos um software educativo. Sendo eles: caixa do software deve conter as indicações que são necessárias para usar a ferramenta, o inicio/ apresentação deve ser pertinente, o menu deve apresentar as actividades existentes, a navegação dever ser clara, a estrutura dever estar bem definida e delineada, a interface deve ser apelativa e facilitar contacto entre o utilizador e a ferramenta, deve haver um espaço para ajudar os utilizadores, deve conter sugestões para pais, educadores e professores, deve ser possível imprimir um diploma, deve haver hiperligações para sites na Web pertinentes, deve existir ficha técnica, e por último, deve ser possível sair do software sempre que o utilizador pretenda.

Bibliografia:

Como olhar criticamente o Software Educativo Multimédia, Ana Amélia Amorim Carvalho, Universidade do Minho, 2005

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