terça-feira, 15 de junho de 2010

Pensamento crítico: o objectivo das ferramentas cognitivas

(Cap.2) Pensamento crítico: o objectivo das ferramentas cognitivas


Ao longo dos últimos séculos são vários os estudos efectuados no âmbito do pensamento, sendo que todos concluíram que o pensamento é algo complexo. Nos seres humanos, o processo de pensamento só é possível graças ao córtex bastante evoluído que os seres humanos apresentam comparativamente aos outros seres vivos.

Nos diversos estudos efectuados comprovou-se que existe uma relação intrínseca entre o pensamento e a inteligência. Sendo assim, e nesta linha de raciocínio, o estudo efectuado por Gardner (1983) comprova esta teoria. Gardner no seu estudo das “múltiplas inteligências”, que tinha como objectivo estudar as capacidades cognitivas em vários indivíduos, concluiu que existem sete tipos de inteligência com utilizações particulares, sendo elas: lógico-matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, interpessoal, e por último, intrapessoal. Sendo que no processo de pensamento complexo muitas vezes um individuo utiliza a combinação dos diversos tipos supracitados.

O pensamento, como objecto de estudo, foi introduzido nas escolas e originou diversas conclusões e opiniões. Um dos estudos pioneiros coube a Paul (1992). Paul concluiu que a aprendizagem efectuada nas escolas, em que o professor dizia e os alunos memorizavam, criava lacunas, ou seja os alunos não conseguiam estabelecer um elo de ligação entre os diferentes conteúdos aprendidos. Nesta linha de raciocínio, o estudo apresentado por Walters, também é prova viva do que é defendido por Paul. Na sua opinião os alunos não são capazes utilizar os seus conhecimentos adquiridos na escola a novos contextos. Existe uma falta de imaginação nos alunos.

Como forma de combater este insucesso, o pensamento crítico e o pensamento criativo podem ser armas a utilizar. O pensamento crítico envolve a reorganização dos conhecimentos existentes de forma significativa e utilizável enquanto o pensamento criativo exige ao aluno que não se contente com o existente e conhecido. Cabe ao aluno encetar um caminho de busca de novos conhecimentos. A confluência destes dois conceitos pode permitir ao aluno pensamentos genuínos.

Sendo que um dos objectivos da escola é desenvolver nos alunos as capacidades supracitadas, a utilização de ferramentas cognitivas computacionais pode-se revelar muito pertinente, já que possibilita aos alunos desenvolver várias competências.

Bibliografia:

  • JONASSEN, D. (2007). Computadores, ferramentas cognitivas. Porto: Porto Editora.


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